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Mil Mi 24 Hind o “Trovão Vermelho”

In Defesa, Helicópteros, História on 07/04/2010 by Lucasu Marcado: , ,

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Autor: Lucas Urbanski

Plano Brasil

O Mil Mi 24 é conhecido como “Hind” pela OTAN, este helicóptero foi desenvolvido na década de 1960 na extinta URSS, sendo um dos projetos mais rápidos a sair do papel para os voos de teste, com apenas 18 meses, muito provavelmente sendo uma evolução  tendo seu tamanho reduzido e com maior potência da já consagrada família de helicópteros Mil Mi-8/Mi-14.

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Este novo helicóptero tinha a função de ser multi-propósito com uma capacidade extraordinária, entrou em serviço em 1973-74 na Alemanha Oriental, foi utilizado como helicóptero de apoio a Assalto armado, anti-blindados, escolta de outros helicópteros e tropas e adicionalmente podia enfrentar outros oponentes no combate ar-ar até mesmo aeronaves de asa fixa.

https://i0.wp.com/www.militaryfactory.com/blueprints/imgs_ac/mi24.gifMi 24 em 3 vistas

Propulsão e subsistemas

O Hind conta com dois motores Klimov TV3-117mt com 1.620 kW de potência máxima cada, instalados na parte superior da cabine, o motor é protegido por uma espécie de blindagem que conta com 5mm de aço “endurecido”, tem capacidade interna de combustível de aproximadamente 1500 kg, em algumas versões do aparelho, é possível alocar mais 1000kg de combustível em tanques externos.

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Por ser de uma geração mais antiga, a aviônica do aparelho conta com instrumentos analógicos, como sistema de controle de voo, porém possui também:

  • Sistemas eletro-ópticos.
  • Infravermelho
  • VOR
  • Flare
  • Telêmetro a laser

E alguns modelos tem a capacidade de integração de óculos de visão noturna, entre outros sistemas que garantem a integridade da aeronave em qualquer terreno ou condições atmosféricas.


https://i0.wp.com/www.eechcentral.com/wiki/images/c/ca/Mi-24-instrument-map.jpgClique na imagem para saber  o são os números apresentados no painel do Mil Mi 24V

Sistemas de armas

Sua gama de armamentos, é extremamente variada, podendo ser armado com uma metralhadora 12,7mm Yakushev – Borzov com até 1470 cartuchos, porém opera inúmeros outros modelos de metralhadoras em nas mais diferentes variantes desta aeronave.

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Pode transportar até  1500 kg  externamente, combustível ou armamentos, inclusive nas pontas das asas operando o sistema 3M11 Falanga,  míssil anti-blindado de origem soviética. A curiosidade fica pro conta da capacidade de transportar bombas de até 500 kg que podem ser de variados modelos como a  ZAB, FAB, RBK e ODAB, bem como ejetores de racks MBD, além de contar com lança foguetes, entre outros tipos de armamento, feitos especialmente para esta aeronave.

Mil mi 24 no Afeganistão

O Mil Mi-24 ganhou fama mundial enquanto a sua participação no conflito da invasão soviética do Afeganistão em 1979. Chegando a ser considerado um ponto de viragem no conflito e um ícone dessa guerra.
A   blindagem da aeronave mostrou-se praticamente imune a disparos de armas pessoais. A operação com o Hind no inicio daquele conflito dava aos soviéticos a capacidade de desembarcar tropas sobre fogo impunemente, em muitos casos o contingente desembarcado efetuava a captura dos inimigos enquanto o helicóptero era alvejado.

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O Hind tornou-se o terror das forças resistentes afegãs pois não havia forma de impedir o “trovão vermelho” de efetuar o seu ataque.

Porém o conflito teve uma virada com a cedência americana aos rebeldes afegãos do míssil terra ar “Stinger” única arma eficaz contra o terror soviético.

A partir da introdução desta arma, os afegãos passaram a limitar a operacionalidade do Hind naquele conflito, obrigando ao soviéticos a adoção de novas táticas e sistemas de defesa como  “flares” destinados a confundir os mísseis.

O conflito no Afeganistão trouxe inúmeros aprendizados aos soviéticos,  a operação em grandes altitudes era dificultosa e obrigou o desenvolvimento de novas versões  do helicóptero, mais potentes surgindo assim o Mil Mi 24 V, entre outras.

Vale ressaltar que estas aeronaves ainda continuam a operar no Afeganistão a pelas da baixa disponibilidade de peças e  manutenção, clima adverso e altitudes que inviabilizam a operação até mesmo de helicópteros mais modernos  provocando o desgaste precoce de seus sistemas.

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Variantes

Mi-24 – Versão de pré-produção
Mi-24A versão de produção. O rotor trazeiro posicionado ao lado direito.
Mi-24U – Versão de treinamento.
Mi-24D – versão melhorada do Mi-24A. Nova metralhadora de canos rotativos e um sistema óptico de designação de alvo.
Mi-24R – Versão de reconhecimento.
Mi-24RCh – Versão de reconhecimento para ambientes de guerra biológica, química e nuclear, QBN.
Mi-24V – Versão do M1 24 D de maior potencia equipada motor mais potente, TV3-117V.
Mi-24P – Idêntico ao Mi-24V mas com a substituição da metralhadora de calibre 12.7mm de canos rotativos por dois canhões de 30mm

Mi-24VP – Idêntico ao Mi-24V, mas com dois canhões de 23mm.

Mi-24BMT – Versão naval adaptada para operações anti.minas.
Mi-24VM – Versão modernizada dos Mi-24VP mais antigos, com novos sistemas de armas. A versão destinada a exportação recebe o código de Mi-35.
Mi-24M – Lançado em 1999, é uma versão mais leve com novos sitsemas de rotores e novos sistemas de armas.
Mi-24PN – Versão de ataque aqulaquer tempo Mi-24P. Versão de exportação Mi-35 também conhecida como Hind E.


Usuários

O Helicóptero foi comercializado em suas mais variadas versões para uma infinidade de países, na lista constam:

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  • Afeganistão
  • Argélia
  • Angola
  • Armênia
  • Azerbaijão
  • Bielorrússia
  • Bulgária
  • Burkina Faso
  • Chade
  • Chipre
  • Cuba
  • República Tcheca
  • Geórgia
  • Djibouti
  • Guiné Equatorial
  • Eritreia
  • Etiópia
  • Geórgia
  • Guiné
  • Alemanha
  • Hungria

  • Índia
  • Indonésia
  • Irã
  • Costa do Marfim
  • Cazaquistão
  • Quirguistão
  • Líbano
  • Líbia
  • República da Macedónia
  • Mali
  • México
  • Mongólia
  • Moçambique
  • Mianmar
  • Namíbia
  • Nepal
  • Nicarágua
  • Níger
  • Nigéria
  • Coréia do Norte

  • Peru
  • Polônia
  • Rússia
  • Ruanda
  • Arábia Saudita
  • Senegal
  • Eslováquia
  • Sri Lanka
  • Sudão
  • Síria
  • Tajiquistão
  • Uganda
  • Ucrânia
  • E.U.A.
  • Uzbequistão
  • Vietnã
  • Iémen
  • Zimbábue
  • Croácia

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Especificações Mi-24 P Hind

Função primária Assalto armado e ataque
Fabricante Mil/Rússia
Tripulação 2; 8 tropas ou  14 feridos.
Propulsão
2 Klimov TV3-117 turboshafts de 2190 shp (1635 kW) rotor de 5 pás e rotor traseiro de 3-pás
Dimensões
Comprimento: 17.51 m
Diâmetro do Rotor: 17.30 m
Alturat: 3.97 m
Pesos
Vazio: 8200 kg
Máximo de decolagem: 12,000 kg
Performance
Velocidade máxima 335 km/h
Teto de serviço 4495m
Alcance: 1000 km
Armamento
Canhões 12.7, 23 30 mm (dependendo do modelo) 4 barrel Mísseis foguetes e bombas

Considerações Finais

Pode-se resumir então, que o Mil Mi 24 marcou o seu tempo, para o futuro, as novas atualizações e revisões de projeto colocam esta aeronave em pé de igualdade com as mais modernas máquinas de combate adversárias.

Sua nova versão  o “ Mil Mi 35”, incorporou novos sistemas e armamentos, e recentemente incorporado as primeiras unidades do lote de 12 unidades adquiridos pelo governo brasileiro para sua utilização na Amazônia, um lugar de difícil operação devido as condições climáticas.

É sabido que esta aeronave ainda sofrerá grandes modificações e adaptações para todos os tipos de operação e condições.

Tendo a Rússia a maior área territorial do planeta, não e de admirar que seus equipamentos possuam um fantástico raio de ação,  o que no caso do Hind é notável dado que se trata de um helicóptero de ataque com capacidade secundária de transporte e assalto podendo transportar um efetivo de 8 tropas totalmente equipados para o combate, o que de fato as difere das outras, provando novamente a capacidade multi- propósito do equipamento.

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Edição de imagens por E.M.Pinto

Plano Brasil

22 Respostas to “Mil Mi 24 Hind o “Trovão Vermelho””

  1. …como conseguir senha………

  2. ehehe
    Jomado, já está liberado, é que precisava que o autor visse antes de liberá-lo.
    o artigo está publicado agora.
    Sds
    E.M.Pinto

  3. São os melhores junto com os americanos, isso não tem como negar !!

    Chavusca !!!

  4. Parece que o editor do Plano Brasil,está mais feliz com as armas russas essa semana,porq será rsrs.
    Mas a verdade é que eu como admirador das mesmas,agradeço!

  5. Salve Chacal, sem dúvida estou feliz, e tal como você, também sou admirador dos sistemas russos bem como outros.
    mas acredite foi pura coincidência, esta matéria do Mi 24 pro exemplo já estava encomendada de bem antes.
    calhou de cair hoje ehehhe…
    mas foi bom para retribuir ao amigo Rustam o presente.
    Grande abraço
    E.M.Pinto

  6. É um bom helicóptero. Forte, potente e bem armado.
    Contudo, as suas debilidades já são conhecidas há muito e as versões mais recentes pouco fizeram do que reduzi-las.

    Apesar de ser veloz é lento a manobrar, não tem a capacidade de utilizar o terreno para se esconder, visto ser enorme. A sua velocidade máxima é conseguida a médias altitudes, uma zona onde operam variadíssimos sistemas anti-aéreos e onde estes têm maiores possibilidades de acertar.

    A falta de um radar de batalha impede-o de disparar mísseis anti-tanque de uma posição protegida – o Mi-24 tem sempre de encarar o inimigo e iluminá-lo – nalgumas versões (maioria) isto verifica-se mesmo para o tiro com os canhões, etc.

    Isto na componente anti-tanque, que fica assim bastante limitada num campo de batalha moderno. Para o resto, cumpre a tarefa para que foi desenhado. Assalto armado e transporte de soldados, numa grande ofensiva e em superioridade aérea.

    Ainda assim, a escolha do Brasil foi acertadíssima, pois o seu propósito seria o de levar uma secção de soldados (até um máximo de oito) bem dentro da selva e dar-lhes apoio de fogo. Isso mais nenhum faz sozinho, é um facto.

  7. E.M.Pinto parabéns pela excelente matéria!

    Agora me tira uma ‘pequenininha’ dúvida (creio que é de muitos também), como estão os nossos Mil Mi 35?

  8. como diz o texto a nova versão o mi35 tem novos sistemas de radar e armamento e electronica.. e ao contrario do que diz o afonso portugal o m-35 pode disparar mísseis anti-tanque de uma posição protegida.. o mi 24 e suas variantes fazem o que mas nenhum faz,Ataque e transporte tropas..o que é importante no teatro de guerra hoje em dia. portugal anda tao arrasca para o exercito ter seu helicóptero em vez de gastar muitos euros em helicóptero so de transporte mais valia gastar e bem em pelo menos 8 mi35. a manutençao? a OGMA cuidava disso :-) e assim os comandos ja podiam ir exibir a vontade e nao ir a reboque dos outros.

  9. Tem cara de mau…

  10. carlos argus, les-te o meu pensamento… estava a ver as imagens e realmente tem a ar de “bad boy”.
    Cos, acho que temos bem servidos com os EH101 como tranporte militar e de combate os NH90, mas é o tal problema são os custos de operacionalidade são altos, além dos problemas que tivemos com os Merlin e agora o programa do NH90 parece estar um pouco complicado. Não sei se seria boa ideia para Portugal adquirir helis russo, mas só mesmo tendo a opinião das pessoas certas, isso implicaria muita coisa…
    Cos, diz-me uma coisa os Kamov que vieram para Portugal com tripulaçaõ nacional treinada… o que é feito disso, nunca mais tive informação em relação a essa materia. Alguém sabe o que se passa? Eles estão em Portugal?

  11. Cos

    Há mais de 10 anos foi equacionada a compra desse tipo de helicóptero pela Força Aérea Portuguesa como forma de pagamento da dívida externa da Rússia a Portugal.
    O caso nem mereceu grande destaque dada a grande negativa que recebeu.

    Não era um helicóptero adequado às nossas necessidades, ao mesmo tempo que não partilhava nenhuma tecnologia ao nível das comunicações, navageção, jam… etc…
    com os nossos parceiros NATO, o que é importantíssimo nas operações conjuntas.

    Os comandos portugueses andam à boleia no Afeganistão de vez em quando pois não está equacionado o seu transporte por helicóptero,pois a sua principal missão é o patrulhamento pelo solo. O objectivo não é atacar rapidamente e retirar, mas sim fazer notar a sua presença no terreno – sem anunciar aos quatro ventos a sua vinda.

    É claro que por esta altura, caso as promessas tivessem sido cumpridas, o Exército Português já deveria contar com o EC635 e o NH90.

    Com o dinheiro que vamos gastar no NH90 compraríamos muito mais que 8 Mi-35…
    Mas lá está, não é adequado às nossas necessidades.

    Sem querer ser muito teimoso continuo a dizer que o Mi-24/ 35 tem de iluminar directamente o alvo e por isso não pode disparar um míssil anti-tanque de uma posição protegida (para o Brasil isso nem é importante, dado que a luta anti-tanque não será a sua missão principal). Além de não ter um radar, não tem nenhum míssil do género fire-and-forget.

    No mesmo sentido, transporte de tropas e capacidade de ataque é justamente o que o moderno campo de batalha dispensa.

    As forças armadas mais bem equipadas usam o binómio heli de transporte e heli de ataque.

    Para as necessidades do Brasil que referi, o Mi-24 está perfeito, encaixa como uma luva. Só como Heli de ataque não, pois é bastante vulnerável.

  12. O próprio texto cita muito bem que apesar das excelentes capacidades e habilidades do aparelho, se forem introduzidos no teatro de operações os devidos equipamentos terra-ar contra o Hind, o “Trovão” ficará em apuros…

    Mas isso não é exclusividade do Hind, até mesmo o Comanche ou Tiger ficariam em apuros do mesmo jeito.

    Creio que o Hind ao incorporar também a função de transporte é um verdadeiro prodígio na execução de suas missões, sua capacidade é inégavel.
    Mas quando o assunto é helis de ataque, eu fico mesmo com o bom e velho Apache, com esse aí o Hind pode acabar em apuros também!

  13. Afonso de Portugal, perfeita a sua análise, concordo em gênero, número e grau.
    Minha visão é a de que o sistema se adequa bem ( ao meu ver) a determinados cenários existentes no Brasil.
    Não existe na AL um força blindada que justifique a utilização de um AH puro (tiger, apache e Cobra, Tonow ou outros) claro que estas aeronaves seriam bem vindas pois são realmente boas, porém para o que temos, o Mi 35 ( que é bem diferente do 24 em inúmeros fatores) cumpre bem a função.

    Um adendo, vale ressaltar que quando o Mi 24 voou o comparativo ocidental era o UH-1H e AH-1 A cobra, as diferenças eram gritantes como podem ver.
    Os soviéticos dispunham de uma máquina anos luz a frente do ocidente, mas é claro, como tudo tem seu ponto fraco e com o passar dos anos suas debilidades, foram sendo expostas.

    Só uma Correção Afonso, a Denel sul africana apresentou um pacote de up grade do Mi 24 que o torna uma arma equivalente as ocidentais, com sistemas de Flir e radar, e estaria de acordo com o conceito dispare e esqueça.
    O fato dos Mi necessitarem guiar os seus armamentos reside na tecnologia dos mísseis russos radio guiados, porém a introdução de armamentos “ocidentais” os tornariam igualmente eficientes neste quesito.
    Grande abraço
    e Sds
    E.M.Pinto

  14. É realmente uma máquina impressionante! Me impressionou muito o alcance deste helicóptero.

    Emílio, no site vôo tático, foi publicado um artigo muito interessante acerca da escolha do MI-35 pela FAB, em comparação a escolha do MH-60 DAP pelo 160º SOAR:

    “A missão principal do 2º/8º GAv está disponível no site da FAB:

    ‘A sua principal missão é formar e treinar pilotos e tripulantes de helicópteros em diversas missões, mantendo o preparo técnico-profissional de suas equipagens, permitindo o cumprimento de missões na Tarefa Operacional de Superioridade Aérea: Interceptação, Ataque, Escolta, PAC (Patrulha Aérea de Combate) e demais missões da Tarefa Operacional de Apoio ao Combate’…

    Podemos ver que a missão do 2º/8º GAv exige um helicóptero que atira e não um que leva gente e também atira. A capacidade de transporte do Mi-35M é uma facilidade certamente bem-vinda, mas está longe de ser o foco…. A resposta foi a necessidade que os operadores especiais tinham necessidade de um grande volume de fogo (em detrimento da sofisticação e complexidade dos sistemas)”

    Vale a pena dar uma olhadinha!!!

    http://vootatico.com.br/archives/3919

    Parabéns pela matéria, muito boa!

  15. Afonso,

    Boa pergunta…

    Mas vou dar uma opinião bem superficial…creio que a missão principal do Super Tucano é de interceptar e controlar o espaço aéreo amazônico com o apoio dos aviões de alerta antecipado E-99. O desempenho de turbo-hélice, é favorável para interceptar e acompanhar vôos de aeronaves característicos do tráfico de drogas, monomotores/hélice de baixa velocidade.

    Ao meu ver, essas aeronaves de tráfico de drogas são a maior ameaça a violação do espaço aéreo da região amazônica. Creio que a maior ameaça a segurança da região atualmente, é a presença de grupos para-militares e de movimentos de guerrilha que se faz presentes e estão re-surgindo em países visinho com fronteira na amazônia, e que tem como fonte de renda o próprio tráfico de drogas.

    Hipotéticamente, vamos pensar que a amazônia, é maior que muitos países europeus somados, e por tanto, cria-se um grande problemas logístico para se fazer presente em toda a região. O problema lógístico se acentua com a falta de infraestrutura.

    Eu sou bem leigo neste assunto, mas talves o uso de helicópteros de apoio de fogo se torna mais flexível para operar distantes das bases característicos desta região. (visto que o Super Tucano necessitaria de pista de pouso no mínimo).

  16. Embora tenha uma forte capacidade de destruir tanques, esta não é sua função principal.

    O grande diferencial que faz a família Hind ser ‘única’, é a capacidade de transportar oito soldados totalmente equipados, além do forte armamento de ataque.

    Assim sendo, não pode ser comparado a um helicóptero de ataque especializado, uma vez que sua missão é mais ampla e flexível, cabendo assim, a classificação correta de — ‘helicóptero de assalto’.

    Sob esse aspecto, não tem par, quando empregado nesta função com uma doutrina e tática bem desenvolvida e treinada, certamente colocará em vantagem a força que o opera.

    Admiro muito as possibilidades deste aparelho – ‘em seu teatro de operações’. Em minha opinião este conceito ainda não foi totalmente explorando.

    Parabéns Urbanski, você não poderia ter sido mais feliz na escolha do aparelho, e em sua explanação.

  17. Alfonso de Portugal:

    Estes problemas do teu elenco, em grande parte foram resolvidos pela Russia, mas as versões para os ocidentais podem ter acabado de vez com estes problemas restantes, como a integração de sistemas de armas ocidentais, localização, iluminação e ataque ao inimigo de uma posição “privilegiada” e ainda no que for relativo à autodefesa da aeronave. Veja esta versão da Advanced Technologies & Engineering Systems:

    Pra mim a FAB deveria contratar esta empresa para integrar os nossos Mi-35, ao invés de ficar batendo cabeça como esta fazendo atualmente…

    Valeu!!

  18. afonso de portugal :
    É isso mesmo EM Pinto
    Conheço o projecto da Denel, muito bom. Para mais com o míssil Mokopa.
    Só não consegue ultrapassar a sua lentidão de manobra a baixas velocidades.
    Ivan, sendo assim, não é uma duplicação face às possibilidades do Super Tucano???

    Alfonso de Portugal,

    Creio que o referido problema de manobrabilidade do Hind a baixas velocidades foi bastante reduzido na nova versão 35. A experiência no Afaganistão levou os russos a encurtarem as asas laterais (perceba que ela possui 2 pilons na versão 35 contra 3 na versão 24) http://defesabrasil.com/site/images/stories/noticias/mi35m/mi35m2.jpg e a colocarem motores mais potentes (os mesmos do Mi-28 com 2500 hp) com o objetivo de sanar o problema. Estas mudanças deram muito mais agilidade ao “novo” Hind.

    Um abraço.

  19. Somente para complementar o que eu disse antes.

    Há também um novo rotor principal e um novo rotor de cauda (também são os mesmos do Mi-28) que tornaram o Mi-35 mais potente e ágil que seu antecessor. Sem falar no peso menor, que também contribuiu para torná-lo mais manobrável!

    Por fim, as asas mais curtas lhe deram mais manobrabilidade em baixas altitudes, mas diminuíram seu poder de fogo.

    Em resumo, o Mi-35 é bastante distinto do Mi-24, principalmente daquele modelo que esteve no Afeganistão. É uma outra aeronave!

    Um abraço.

  20. É decepcionante ver o Brasil comemorar a mísera compra de três helicópteros SABREs! Se o governo brasileiro tivesse boa vontade política e bons assessores de atualidades, história e geoestratégia internacional, se envergonharia de estar engatinhando no campo bélico: na Batalha de Grosny, na Chechênia, o exército russo sofreu uma derrota humilhante contra os guerrilheiros chechenos, o exército russo estava equipado com os melhores carros de combate e os mais modernos helicópteros de ataque!! Um deles era o SABRE !

  21. No dia 22 de Abril de 2010, a PRAVDA também publicou uma matéris em Português e Inglês:

    http://engforum.pravda.ru/showthread.php?284033

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