Articles

Brasil é o único capaz de desenvolver indústria de defesa na América do Sul

In Defesa, Negócios e serviços on 10/05/2010 by E.M.Pinto Marcado: ,

https://i0.wp.com/www.seekyee.com/Bladesmithing/the%20process/tutorials/seaxtutorial1/forging1.jpg

Sugestão: Cmdt Melk

Para o presidente da Odebrecht, contrapartida é a consolidação de uma política de estado que assegure altos riscos e investimentos


Marcelo Odebrecht,
presidente da Odebrecht

O Brasil é o único país da América do Sul que reúne condições para desenvolver uma classe empresarial comprometida com a indústria de defesa, garantiu o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, durante o Seminário de Segurança Internacional, realizado nesta quarta-feira (5) pela Fiesp.

De acordo com ele, a primeira vantagem brasileira é a geográfica, uma vez que se localiza em um ponto privilegiado do globo e sua extensão pressupõe um grande mercado. Além disso, “a posição conciliadora do Brasil fez com que conquistasse prestígio diplomático regional e mundial, o que contribuirá para atuação de empresas na área”, ressaltou o executivo.

Contudo, para que a iniciativa privada tenha segurança para apostar em projetos voltados à indústria de defesa, e, portanto, viabilizar o setor no Brasil, é necessário que a União apresente uma política de estado consolidada, destacou Odebrecht.

O principal motivo é a segurança que as empresas devem ter para arcar com os altos custos e riscos do investimento na tecnologia militar. “Não há como fazer investimentos e trabalhar novas tecnologias se a indústria não perceber que há um plano que transcenda a vontade de governos”, advertiu.

Segurança financeira


Sergio Schimidt, gerente do BNDES

No mesmo sentido, o gerente do Departamento de Comércio Exterior do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Sergio Schimidt, complementou que é preciso viabilizar o fortalecimento financeiro das empresas, permitindo que tenham condições de atender não somente ao mercado militar, mas também ao civil. Assim, o retorno do que foi aplicado será maior.

“As empresas empenhadas na defesa necessitam de um aparato regulatório próprio, pela complexidade do setor. Mas isso deve estar atrelado ao compromisso de facilitar a venda às pequenas e médias indústrias brasileiras”, argumentou o gerente.

Odebrecht compartilha da mesma opinião, ao sublinhar que os riscos intrínsecos ao segmento exigem contingenciamentos financeiros próprios, diferentemente dos demais incluídos no orçamento geral da União. O motivo dessa forte segurança financeira vem do fato de não haver possibilidade de realocação de mercado, no caso de falta de demanda, explicou.

Dependência nacional

De acordo com Schimidt, em decorrência da descontinuidade do investimento público na área de defesa, o Brasil sofreu uma defasagem tecnológica que o levou a perder a capacidade de desenvolvimento autônomo. “Isso aumentou a dependência nacional de produtos e serviços importados, bem como da transferência de conhecimento”, esclareceu.

No ranking mundial de investimentos em defesa, o Brasil ocupa a 12ª posição. Em 2008, o gasto no setor foi de R$ 23,3 bilhões, equivalentes a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. “São gastos ainda modestos se compararmos com os dispensados pelos outros países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China)”, disse o gerente.

Thiago Eid, Agência Indusnet Fiesp

Fonte: FIESP

Áreas e Tecnologias de Interesse da Defesa Nacional
Considerando que a lista de Áreas Estratégicas de Demanda da Defesa Nacional não é suficientemente específica para orientar as ações nacionais de pesquisa e desenvolvimento (P&D), optou-se por fazer um detalhamento dessas Áreas Estratégicas em um espaço delimitado por três eixos, capazes de criar vetores interagentes e coordenados, denominados de Tecnologias de Interesse da Defesa Nacional:
Eixo da Defesa – contempla as especificações e os requisitos militares da Defesa Nacional a serem satisfeitos por Sistemas de Armas. Relaciona-se primordialmente às Expressões Política e Militar do Poder Nacional.

Eixo da Ciência e Tecnologia – contempla as Áreas Tecnológicas Estratégicas necessárias para atender às especificações e aos requisitos definidos para os Sistemas da Defesa Nacional. Relaciona-se primordialmente à Expressão Científica e Tecnológica do Poder Nacional.

Eixo da Indústria – contempla as capacidades inovadoras e características industriais próprias para satisfação das especificações e dos requisitos estabelecidos para os Sistemas da Defesa Nacional. Relaciona-se primordialmente às Expressões Econômica e Psicossocial do Poder Nacional.

Tecnologias de Interesse da Defesa Nacional

1. Fusão de Dados;
2. Microeletrônica;
3. Sistemas de Informação;
4. Radares de Alta Sensibilidade;
5. Ambiente de Sistemas de Armas;
6. Materiais de Alta Densidade Energética;
7. Hipervelocidade;
8. Potência Pulsada;
9. Navegação Automática de Precisão;
10. Materiais Compostos;
11. Dinâmica dos Fluidos Computacional – CFD;
12. Sensores Ativos e Passivos;
13. Fotônica;
14. Inteligência de Máquinas e Robótica;
15. Controle de Assinaturas;
16. Reatores Nucleares;
17. Sistemas Espaciais;
18. Propulsão com Ar Aspirado;
19. Materiais e Processos em Biotecnologia;
20. Defesa Química, Biológica e Nuclear (QBN);
21. Integração de Sistemas;
22. Supercondutividade;
23. Fontes Renováveis de Energia.

Fonte/Ministerio da Defesa

https://www.defesa.gov.br/ciencia_tecnologia/index.php?page=areas

18 Respostas to “Brasil é o único capaz de desenvolver indústria de defesa na América do Sul”

  1. A onde o Brasil gastou 1,5% do seu pib em defesa se o seu pib e de R$3,1tri o que equivaleria a 1,5% = R$46,5bi.Claro que a Odebrecht, unica empresa brasileira que o lula defendeu do triangulo do mal sul-americano(Venezuela,Bolivia e Equador),quer defender mais contratos militares para aumentar suas comissões e seu caixa dois.Olhe o contrato unilateral da dcns francesa,o processo de escolha de empreiteiras deveria ter sido conduzido pela MB.

  2. Que arrogancia esse pais e uma piada cheio de corruptos e se achando o maior

  3. Jackson eu sugiro apresentar esta dnúncia ao ministério público o que achas?
    Sds
    E.M.Pinto

  4. Eu acredito q uma grande indústria, ainda ñ, + uma pequena , local, dá início a algo mt grande…persistência e encomendas…Cadê a noissa |IMBEL a 8 indústria de Armas do Mundo? Faltou pedidos e Patriótismo…é quase por aê.

  5. São metas realmente muito difíceis, mas olhando para um objetivo de longo prazo, portar tais tecnologias seria consideravelmente muito interessante para o país.
    Torço que isso aconteça!

  6. caro E.M.Pinto.
    o dinheiro plubico deve ser tratado com respeito,pois ele é fruto do trabalho arduo de cada cidadão brasileiro.O mpf ja abriu investigação sobre os caças,tambem poderia abrir sobre o sub.A respeito dos caças caso a Saab e a Boeing se sintam prejudicadas pela antecipação da escolha pelo presidente,não poderiam levar o Brasil a OMC.

  7. Eu sou defensor da lisura dos processos e acho que se há corrupção que ela seja identificada e combatida, a questão são as provas para isto.
    Como disse, se há provas devemos disponibilizá-las ao ministério publico, o Plano Brasil está a disposição para servir de meio divulgador
    E.M.Pinto

  8. Jakson, mesmo com contingenciamento de recursos o orçamento do MD não deve realmente ficar tão abaixo disso, dados todos os gastos envolvidos com as três forças…

    Lembrando que além de pessoal, estrutura física, alimentação, vestimentas, ainda existem gastos com habitação, reformas e estrutura médica completa e nem contei a enorme estrutura “previdenciária”.

    Será que é 46 bilhões é muito? Ou nada mais é do que uma mixaria?

  9. Deveriamos é investir de 7% a 10% por um periodo de 15 a 20 anos,depois baixariamos gradativamente pra algo em torno de 4,5%.Afixando um indice de nacionalização de 70% e participação de empresas brasileiras em consorcios com estrangeiras.

  10. Esses tipos de comentários só podem ser propaganda eleitoral nesse blog, e como já falei tem gente que fica histérica em ano de eleições querendo desacreditar uns políticos sem mencionar suas preferências contrárias, para parecer imparcial.

    Aliás, fazem uma análise que apesar de fazer sentido pontual, não discute o restante do contexto para manter a polêmica aquecida, muito menos dão a informação a respeito do que o tópico realmente levanta.

    Parece que começamos a discutir defesa. Com a abertura de novas linhas de crédito subsidiadas ao setor de defesa no “seio” da ABIMDE e a preocupação de estado com segmentos tecnológicos, que viabilizem nossa projeção estratégica futura no cenário espacial, nuclear e cibernético, podemos e devemos remodelar nosso desenvolvimento para resultados maiores.

    Creio que ainda falte, uma nova lei das licitações para a área, que muitas vezes não estão adequadas com as características específicas de parcerias e cooperações no setor de decisões empresariais e viram uma barreira burocrática.

    De toda forma, temos de pensar na formação do complexo industrial-militar, como uma forma de transmissão dos frutos do progresso em pesquisa e desenvolvimento para o conjunto produtivo da economia, levando a aplicação científica de uso dual (civil e militar). Nessa forma, tentamos levar inclusão dos avanços científicos à produção, rendendo maior valor agregado ao produto final, e gerando uma rede de serviços auxiliares também de grande capacitação profissional.
    Se se gera a renda, cria-se mais demanda garantidora da continuidade de produção, que visa maior trnsferência de recursos para formar maior valor adicionado à cadeia, e cria-se um ciclo.

    Esse ciclo, pode enfrentar crises através de qualquer elo da cadeia, por isso deve ter prioridade nos mecanismos de estoques de capital fixo para garantia de uma margem de segurança ociosa. Os fluxos financeiros por outro lado, também são importantes para manter a liquidez e alavancagem futura.

    No mais, o caminho deve ser mantido, capaz de adaptações.

  11. O que estão falando faz sentido, pois não há como as empresas brasileiras arcarem com grandes investimentos em P&D para novos armamentos (e novas tecnologias) sem a contraparte de compra pelo MD. Em nenhum lugar do mundo as empresas investem para depois “tentarem” vender. Só investem quando há demandas, ou mediantes projetos, como fazem a Boeing, LM, Northrop-Grumman, etc.

    O MD deve estabelecer uma política para aquisição de material de defesa, e começar a criar os contratos (dispensados de licitação) para ontem. Precisamos de fuzis, granadas, minas, vestimentas, pistolas, e toda a sorte de equipamentos para as nossas três forças.

  12. […] This post was mentioned on Twitter by Plano. Plano said: Brasil é o único capaz de desenvolver indústria de defesa na América do Sul: http://wp.me/pjRFW-4jM […]

  13. O Ponto que me chama atenção é esse, “O Brasil não da continuidade em verbas”, logo, não é de se esperar que a FAB saiba que comprar o mais caro é um erro e fica clara a pratica do governo em manipular a FAB e beneficio do seu governo. Não vou tocar em partido, pois todos os que sobrem ao “puder” sempre fazem essas e outras. Viu, o homem do Piauí???!!!! Não adianta apontar o dedo nos outros se seus amiguinhos aprontam e você fica caladinho da Silva.

  14. Correção: Sobrem = sobem

  15. Jakson Almeida :A onde o Brasil gastou 1,5% do seu pib em defesa se o seu pib e de R$3,1tri o que equivaleria a 1,5% = R$46,5bi.Claro que a Odebrecht, unica empresa brasileira que o lula defendeu do triangulo do mal sul-americano(Venezuela,Bolivia e Equador),quer defender mais contratos militares para aumentar suas comissões e seu caixa dois.Olhe o contrato unilateral da dcns francesa,o processo de escolha de empreiteiras deveria ter sido conduzido pela MB.

    Jakson Almeida,
    Eu aumentaria esse triângulo, para “Pentágono do mal Sul-Americano”, com a inclusão dos paraguaios e dos cucarachas argentinos.
    Estamos bem de vizinhos..
    Ehehehehe.. É rir, pra não chorar..

  16. Caro Bruno: se dermos um expirro o paraguai contrai uma tuberculose e a argentina uma pneumonia de tão dependentes que estão da nossa economia.O que não podemos é colocar o rabo no meio das pernas pra esses peises coma amndamos fazendo.Os EUA tem o mexico, nos teremos os “nossos mexicos” por que estão morrendo de invejas de nossso desenvolvimento.

  17. Amigos todos;

    Mais uma vez, quero alardear; 12 MILHOES de POSTOS de TRABALHO e RENDA, RENDA, DISTRIBUIÇÃO, REDISTRIBUIÇÃO de RENDA…SANEAMENTO BASICO, AGUA E ESGOTO TRATATOS, combate a DESNUTRIÇÃO, SUBNUTRIÇÃO….este sim, o VERDADEIRO e LEGITIMO,”UNGUENTO”o “SACRAMENTO”, a ” UNÇÃO”, a “BENÇÃO” de um PARQUE BELICO!

    Devemos ter clareza que NAÇÃO é infinitamente maior que MERCADO! Pois sim, “INDICES de DESENVOLVIMENTO HUMANO” devem EFETIVAMENTE solidificar nossa DEMOCRACIA (e todas suas instituiçoes e corporaçoes).

    Grato. Abraços.

  18. “O Brasil é o único país da América do Sul que reúne condições para desenvolver uma classe empresarial comprometida com a indústria de defesa, garantiu o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, durante o Seminário de Segurança Internacional, realizado nesta quarta-feira (5) pela Fiesp.”

    Porque?

    De toda forma, temos de pensar na formação do complexo industrial-militar, como uma forma de transmissão dos frutos do progresso em pesquisa e desenvolvimento para o conjunto produtivo da economia, levando a aplicação científica de uso dual (civil e militar). Nessa forma, tentamos levar inclusão dos avanços científicos à produção, rendendo maior valor agregado ao produto final, e gerando uma rede de serviços auxiliares também de grande capacitação profissional.
    Se se gera a renda, cria-se mais demanda garantidora da continuidade de produção, que visa maior trnsferência de recursos para formar maior valor adicionado à cadeia, e cria-se um ciclo.

Deixe um comentário