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Alemães atrasam os submarinos

In Conflitos, Defesa, Negócios e serviços, Submarinos on 21/05/2010 by E.M.Pinto Marcado: , ,

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A Comissão Permanente de Contrapartidas (CPC) está a reunir-se, todas as semanas, com os alemães da Man Ferrostaal. O objectivo é encontrar uma solução para o negócio das contrapartidas dos submarinos até ao final de Junho.

Ao CM, o presidente da CPC, o embaixador Pedro Catarino, ouvido ontem no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) de Lisboa, como testemunha, garantiu que “agora as negociações estão numa fase política”. Pedro Catarino admitiu, contudo, que continua por resolver o diferendo entre a CPC e a Man Ferrostaal que, segundo o Estado português, ainda não cumpriu obrigações remanescentes no contrato, no valor de 750 milhões de euros, correspondentes a contrapartidas, ou seja, mais-valias para a indústria nacional, materializadas através de oportunidades de negócio ou importação de tecnologia.

A Ferrostaal insiste em que cumpriu todas as regras contratuais, sendo cada vez mais previsível, segundo fontes próximas do grupo alemão, que o desfecho do caso dos submarinos seja decidido num Tribunal Arbitral. Assim sendo, é expectável que os submarinos cheguem a Portugal muito mais tarde do que o previsto (a bandeira portuguesa deveria ser hasteada no ‘Tridente’ na próxima semana e o submersível, feitos todos os testes, poderia estar em Lisboa até ao final do ano).

Na audiência de ontem, foram apenas ouvidas testemunhas. Entre elas, Gil Figueira, representante da Ferrostaal até 2005, Tiago Pereira, ex-vogal suplente da CPC entre 2003 e 2004 (governo do PSD-CDS), e Nogueira da Silva, que pertenceu a quatro CPC, incluindo à actual (em governos do PS).

Questionado pelo juiz e pela defesa, Nogueira da Silva – ex-quadro do IAPMEI e fundador da ACECIA –, atribui “a responsabilidade da não execução dos 750 milhões em contrapartidas ao governo PSD-CDS”.

Sobre os diferentes papéis assumidos no dossier pela INTELI, detida pelo IAPMEI em 75%, afirmou “não ver incompatibilidade nos trabalhos realizados pela empresa”.

“ESTRATÉGIA PARA DETRUIR” OS PERITOS DA INTELI

A INTELI, empresa do IAPMEI, voltou a estar no centro das atenções, na sessão do processo dos submarinos, realizada ontem no TCIC, em Lisboa. Das testemunhas ouvidas, Nogueira da Silva foi a única que, até agora, veio em defesa da empresa, assumindo ser próximo desta e do seu presidente, José Rui Felizardo. Nogueira da Silva acusou a defesa no processo de “ter uma estratégia para destruir a INTELI, quando o caminho é outro”. A afirmação não foi bem acolhida pelo juiz, que lhe pediu contenção e concentração apenas nos factos.

PORMENORES

CINCO COMISSÕES

Desde a sua criação em 1999, a CPC já teve cinco presidentes, tendo trabalhado sobre quatro governos do PS e um do PSD–CDS. O contrato dos submarinos foi assinado a 21 de Abril de 2004. Paulo Portas era ministro da Defesa Nacional.

CONSULTADORIA

O trabalho dos advogados Sérvulo Correia e associados no contrato dos submarinos, em particular o de Bernardo Ayala, foi ontem questionado pelo juiz.

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Atualizado: Para onde vai a esquadra de Portugal?

Fonte: Correio da Manhã

11 Respostas to “Alemães atrasam os submarinos”

  1. Sem entrar na questão tecnico-operacional dos submarinos,não estariamos comprando gato por lebre.Um sub convencional, mesmo com aip, tem um raio limitado se comparado com um nuclear,não poderiamos desenvolver um sub maior baseado no barracuda o qual poderia ter as seguintes dimensões ,comprimento cerca de 85m,largura/diametro 9/10m,com essas dimensões poderiamos ter os primeiros sub’s com propulsão convencional e os demais nucleares sobre a mesma planta.

  2. Esqueci de mencionar,que existe alguns submarinistas que defendem um sub capaz de realizar operações em mar aberto e fechado.Uma nova classe entre os convencionais(otimizados para mar fechado)e os de ataque nuclear(para mar aberto).

  3. Jakson Almeida :Sem entrar na questão tecnico-operacional dos submarinos,não estariamos comprando gato por lebre.Um sub convencional, mesmo com aip, tem um raio limitado se comparado com um nuclear,não poderiamos desenvolver um sub maior baseado no barracuda o qual poderia ter as seguintes dimensões ,comprimento cerca de 85m,largura/diametro 9/10m,com essas dimensões poderiamos ter os primeiros sub’s com propulsão convencional e os demais nucleares sobre a mesma planta.

    falo tudo só falto uma coisa $$$$ e os caras ja tão assim pra fazer ele não iria dar o projeto esse foto aqueles dois tão fazendo oque pensado na morte da burra

  4. Jakson,
    você é português?

  5. temos d construir no mínimo uns 05 subsNucs euns 23 +4 subs SSks e uns 50 de superficie + outros PAs…sem falar no satélite militar geoestacionário, SPG/GPS, misseis de longo alcance(antípodas)

  6. Tanto em

  7. Tanto em Portugal é no BRASIL a penúria parece ser a mesma…

  8. Jackson o Barracuda tem 96 m o sub nuc brasileiro terá algo perto de 108 m. a coisa não é tão simples como parece pois precisa-se de potencia adeuqada para fazê-lo andar e mesmo assim sem comprometer a assinatura acústica pois plantas propulsoras pesadas fazem barulho.
    ao meu ver amarinah tem o ideal
    SSK- SSN
    Carlos o Plano de articulação da Marinha foi baseado em 6 SSN e 15 SSK.
    sds
    E.M.Pinto

  9. Que grande lambança hein?!?!

    CPI dos subs?!?!
    Espero que não tenhamos disso no Brasil…

  10. Wi :
    Jakson,
    você é português?

    Nada contra os portuga.Eu sou brasileiro e com muito orgulho.A ideia que eu apresentei não e minha mas de um oficial da marinha do Brasil,o qual eu não lembro o nome,ele analisou subs de paises como o Japão e Australia que tem interesse em submarinos convencionas de maior porte os quais poderiam receber un reator para sua impulsão,esse submarino seria empregado em operações de defesa, escolta e ataque.

  11. ISto vai ser uma dor de cabeça… E são más notícias infelizmente.

    As contrapartidas estavam sobrevalorizadas (o processo está em fase de acusação) e a empresa agora não quer entregar… não dando o devido desconto que, se eles afastaram os corruptos, acabam por reconhecer que o negócio estava a ser mal conduzido, logo as contrapartidas estavam mesmo sobrevalorizadas…

    para uma coisa reconhecem a corrupção, mas para receber o dinheiro, já é o Estado Português que não cumpre…

    Mais uma novela interminável.

    Atenção, o raio de acção destes submarinos (do scorpéne não sei) é bastante elevado. Partindo do Brasil, penso que chegaria a qualquer ponto do Atlântico Sul.

    Embora, obviamente, um submarino nuclear tenha uma capacidade muito maior (teoricamente infinita).

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