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Após caças, Brasil vai investir US$ 1 bi em jatos de treinamento

In Aérea, Aviões de Treinamento, Defesa, Negócios e serviços on 07/06/2010 by E.M.Pinto

https://i0.wp.com/www.lebourget2009.finmeccanica.com/EN/Common/images/Exhibitions/Farnborough08/Photogallery_Press/Aeronautics/Alenia_Aermacchi/M-346_1st_prototype__in_flight_HR.jpg

Modelos serão usados para treinar pilotos dos aviões de combate; compra ficará entre 24 e 36 aparelhos

Marcelo Cabral

Na proteção dos céus brasileiros, os italianos tentam entrar de carona na grande concorrência de pelomenos US$ 10 bilhões para a compra de jatos de combate para equipar os esquadrões da Força Aérea Brasileira (FAB), o chamado projeto FX-2. A Itália não está entre as finalistas do processo – o favorito é justamente o francês Rafale, fabricado pela Dassault -, mas está tentando aproveitar a chegada da sofisticada aeronave para vender novos jatos de treinamento para o país.

Segundo informações obtidas pelo , existe hoje na FAB a convicção de que o novo caça, seja qual for o escolhido, vai exigir a adoção de um avião de treinamento a jato. Isso acontece porque omodelo atualmente usado para treinar os pilotos – o turboélice Tucano – não consegue simular todas as situações que acontecememum aparelho a jato, muito mais rápido, potente e complexo. “O gap (lacuna) entre o Tucano e o Rafale ou Gripen é grande demais. Já existe na cúpula da FAB a convicção de que vai ser praticamente obrigatório comprar um novo aparelho de treino”, afirmou umafonte ligada aosmilitares.

De acordo com essa fonte após a conclusão das arrastadas negociações do FX-2, deverá ser lançada uma nova operação para comprar entre 24 e 36 jatos de treinamento. E o favorito para ocupar o postoéoM-346, fabricado pela Alenia Aermacchi. A um custo mínimo de US$ 20milhões por aparelho, mais o fornecimento de peças, manutenção e treinamento, o preço total da compra deve ficar na casa de US$ 1 bilhão. Valor nada desprezível, chegando a cerca de 10% do que deve ser gasto nos lotes iniciais dos caças. Mas, na visão de Sergio Coniglio, diretor- engenheiro da Alenia Aermacchi, o caro vai sair barato a longo prazo. “O M-346 permite reduzir o emprego dos caças como avião de treinamento. É mais econômico para essa função tanto emtermos de custo de operação quanto de gasto de combustível”, diz. “Então, os gastos menores com treinamento acabam pagando a aquisição a longo prazo”, raciocina.

Aliás, o M-346 é a grandemenina dos olhos da Finmeccanica para o setor aeronáutico. A empresa enxerga ummercado de até 2 mil unidades para aparelhos de treinamento e ataque leve ao redor do mundo nos próximos anos, demodo que está ampliando suas linhas de produção situadas no norte da Itália. “O avião é muito avançado.Hoje emdia,um piloto não é só uma pessoa que manobra a aeronave, mas que gerencia os sistemas de bordo. E o nosso aparelho é o único nomundo que permite treinar essa característica, que está presente em todos os aviões de combate de nova geração”, garante o diretor regional de vendas Luigi Taddia.

Os italianos estão emsituação favorável devido à sua tradicional parceria já estabelecida com a FAB. Durante décadas, a Força Aérea operou cerca de 160 treinadores leves MB-326, que inclusive chegaram a ser fabricados sob licença no Brasil com o nome de Xavante. Mais tarde, foi em conjunto com as italianas Aeritalia e Aermacchi (que hoje formama Alenia Aermacchi) que a Embraer desenvolveu o jato tático AMX, que hoje é omaior pilar da aviação de ataque brasileira. “Os aviônicos, componentes estruturais e tecnologias desenvolvidas na ocasião permitiram que a Embraer ganhasse knowhow para criar suas novas linhas de jatos executivos regionais”, explica Fernando Arbache, presidente da Arbache Consultoria.

Surpresa sueca

Caso o Rafale seja surpreendentemente derrotado pelo caça sueco Gripen, fabricado pela Saab, a situação do grupo melhora. Isso porque a Selex Galileo fornece uma boa parte dos sistemas eletrônicos da aeronave, inclusive o radar Raven, além dos modelos Grifo que já são usados pelos atuais jatos F-5F da FAB. “Nós ainda não perdemos a fé no Gripen”, avisa Fabrizio Giulianini, CEO da companhia. “Mas mesmo se o Rafale for escolhido, podemos fornecer radares para outras aeronaves”, garante Giulianini. Aliás, os italianos se propõe a compartilhar a tecnologia dos sistemas de rastreamento, uma das mais sensíveis no meio militar. “Poderíamos criar um centro de excelência no Brasil”, diz o executivo.

Fonte: Brasil Econômico via CCOMSEX

27 Respostas to “Após caças, Brasil vai investir US$ 1 bi em jatos de treinamento”

  1. Uma excelente notícia !!!!
    Estamos indo para um caminho Feliz !!!

    Abs.

  2. Nem os jatos de treinamento o Brasil terá capacidade de fabricar???

    Até o Irã fabrica o seu: o Tazarv

  3. Condição tem Eduardo, mas não se justifica produzir 24-36 aviões ao custo do desenvolvimento.
    Para se ter uma idéia o AMX-T poderia ser este treinador, porém não compensa reabrir a linha de produção para ele o que dirá criar uma nova linha.
    sds
    E.M.Pinto

  4. ei,construir um caca nao eh simples…

  5. YAK 130 cabe muito bem dentro desta escolha.
    Mas o GF tem alergia aos Russos.

    Abs.

  6. Podiamos ir de m-346 master pra treinamento avançado,gripen ng para o caça tatico e su-35 para o caça de superioridade aerea.

  7. “Podiamos ir de m-346 master pra treinamento avançado, gripen ng para o caça tatico e su-35 para o caça de superioridade aerea”

    Muito bom! Agora, basta combinarmos com o GF!

    Não sei se a intenção da FAB de melhorar a logística existe, mas se existir, eles não aprovariam misturar motores russos com americanos… Para irmos de Gripen, acredito que também iríamos de Super Hornet… Gripen + Su-35 seria bom do ponto de vista de independência (ou não) tecnológica. Operarmos somente o Rafale acho um tiro no pé, assim como não termos um mix Hi-Low…

    Com o tamanho do país, acredito que poderíamos operar o Su-35 agora e o PAK-FA no futuro; ou, se realmente as intenções dos EUA fosses boas, Super Hornet agora e F-35 no futuro; Se operarmos o Rafale, não poderíamos também operar o Gripen?

    E ainda dentro do FX-2, o GF poderia fechar com pelo menos dois, para produção aqui? Tipo, 120 Rafale e 240 Gripen??? Quanto ia custar em 20 anos, US$ 12 bilhões para o Gripen (US$ 50 milhas cada) e US$ 10,8 bilhões para o Rafale (US$ 90 milhas cada), fora armamentos e manutenção?

    Em 20 anos, dá US$ 1,1 bilhão/ano… Merreca… É só parar de dar esmola pra quem não quer trabalhar…

  8. Que me perdoem meu pessimismo mas, nem desfecho deram ao FX2 e já tem notícia sobre uma “nova compra”???
    Pelo visto, a depender do ministro Jobim e do interesse Político-Estratégico que as nossas FA têm para o governo Brasileiro, abaixo indico qual deverá ser o provável destino do FX2 e desta outra noticia acima:

    http://www.saynotocrack.com/index.php/2007/01/30/the-japanese-air-force-is-recruiting/

  9. E.M.Pinto :
    Condição tem Eduardo, mas não se justifica produzir 24-36 aviões ao custo do desenvolvimento.
    Para se ter uma idéia o AMX-T poderia ser este treinador, porém não compensa reabrir a linha de produção para ele o que dirá criar uma nova linha.
    sds
    E.M.Pinto

    Não faria só pra uso doméstico. Existe uma grande demanda de aviões de treinamento no mundo todo. Só a Venezuela adquiriu 18 unidades da China.

  10. O problema maior, é a corrupção por trás dessas compras…..

  11. Mas Eduardo a EADs cancelou o MAko justamente por haver cerca de 9 ou 10 modelos competindo no mercado.
    Para quem poderíamos vender, acho sim um Joint vetury como foi com o Xavante, mas fazer de raíz custaria caro e necessitaríamos de muitos clientes finais para cobrir os custos.
    sds
    E.M.Pinto

  12. Ja deu Rafale. O Lula disse e a França já disse. Vai ser Rafale mesmo que a FAB não queira, quem manda e o comandante lula

  13. Os Chineses tem o novo JL9 …vamos as compras..

  14. E.M.Pinto :
    Condição tem Eduardo, mas não se justifica produzir 24-36 aviões ao custo do desenvolvimento.
    Para se ter uma idéia o AMX-T poderia ser este treinador, porém não compensa reabrir a linha de produção para ele o que dirá criar uma nova linha.
    sds
    E.M.Pinto

    Mais assim só comprando o brasil nunca vai aprender ter o seu proprio modelo de caza ,sempre dando dinheiro e trabalho para outros paises e vai ser só um simpres comprador de armas e muitas vezes usado,como o A-12 são paulo compra 5 anos parado para reforma e com o dinheiro que gasto para comprar o A-12 + os 5 anos parado + as peças + actualições + a mão de obra= un LHD (colocando um pouco mais de dinheiro),mais novo.Obrasil tinha que investir o dinher¡iro na educação de engenharia,tecnicos,fisicos,quimicos,biologos,cientificos,etc… e começar a fazer coisas que sai das nossas cabeças e feitas MADE BRASIL.

  15. O M-346 pode ser usado como caça leve?

    Eu acho na minha opinião que T-50 seria uma melhor opção porque ele foi desenvolvido para ser alem de um treinador também pra ser um caça leve o T-50 vai substituir os F-5 na Coreia do Sul.

  16. E.M.Pinto :
    Mas Eduardo a EADs cancelou o MAko justamente por haver cerca de 9 ou 10 modelos competindo no mercado.
    Para quem poderíamos vender, acho sim um Joint vetury como foi com o Xavante, mas fazer de raíz custaria caro e necessitaríamos de muitos clientes finais para cobrir os custos.
    sds
    E.M.Pinto

    Nosso país está perdendo o “timing” e com isso oportunidades, senão vejamos:
    Em 1999 o Egito comprou 120 unidades do avião de treinamento avançado K8-E;
    Em 2007 a Finlândia adquiriu 18 jatos de treinamento da China;
    Em 2008 foi completada a entrega de 28 treinadores da BAE à India. Até esse momento a BAE Systems informou já ter entregue 860 jatos em todo mundo;
    Em 2009 a BAE Hawk vendeu 28 jatos de treinamento para a RAF;
    Tbm em 2009 a USAF estava ou está procurando um substituto para os seus Northrop T-38. A expectativa era de que fizesse a aquisição de 300 a 500 aeronaves de treinamento;
    Em Abril deste ano a India estava negociando a aquisição de mai 60 aviões de treinamento da BAE Hawk.
    Pra vc ver q existe mercado. Agora a Embraer poderia ter enxergado essa demanda a mais tempo e desenvolvido um produto.

    EW

  17. Acho difícil. Se nem caças temos ainda. Acho que devíamos investir em infra estrutura.

  18. Infelizmente nao creio que esses italianos virao…

    Pra dizer a verdade… a cada dia que passa de indefinicao do FX2 eu fico (infelizmente) mais e mais pessimista…

    Se conseguirmos o FX2 ja sera um milagre.

    abraco
    Gustavo Krepke

  19. Bom demaaaaaaisssss…
    Rafales e M346s…sejam bem-vindos!!!

  20. A India fabrica, a China, o Irã, Israel etc e o nosso Brasil não consegue ter o seu próprio avião de treinamento a caça, espero que quando se compre os novos aviões de treinamento o Brasil possa fazer secretamente o seu utilizando inúmeras cópias do que chegar em suas mãos, não sei por que destruiram o Minas Gerais que deveria ser o nosso porta-helicopteros.

  21. A FAB tem negado constantemente o interesse, ou melhor, a necessidade de um LIFT moderno, que faria a transição dos turbo-hélice Tucano e SuperTucano para os caças à reação.

    Penso que há três aspectos nesta negativa:

    Primeiro e mais importante, o Comando da FAB, escaldado com os baixos orçamentos, buscando priorizar o F-X2, para superioridade aérea, e o KC-390, para transporte tático/estratégico, não iria apresentar uma nova demanda que poderia retirar foco e recursos do que é mais importante.

    Segundo, para o atual inventário de caças não é necessário um LIFT, então deixa a necessidade se apresentar, mas mantendo-se informado das oportunidades de mercado.

    Terceiro, dependendo do resultado do F-X2, poderá a FAB tomar decisões mais claras quanto ao LIFT, não apenas com relação aos aviônicos, mas também com relação à motorização. Há LIFT que usa turbinas GE F-404 e poderia usar as F-414 do SuperHornet ou do Gripen, por exemplo.

    Quanto ao M-346 Master, me parece uma excelente aeronave de treinamento avançado. Concordo inclusive com o texto no que diz respeito a experiência positiva entre a indústria aeronáutica italiana e brasileira.

    Um detalhe interessante que é necessário conhecer:
    O M-346 e o YAK-130 são irmãos gêmeos, separados logo após o nascimento.
    Enquanto o russo é russo mesmo (he he he), o italiano usa aviônica e turbinas ocidentais, boa parte de projeto próprio ou licenciada para a Itália.
    O irmão russo, YAK-130, já tem em desenvolvimento uma versão caça leve, o YAK-131, monoposto, armado com um canhão de 30mm (excelente) e uma vasta gama de armas, inclusive mísseis ar-ar WWR (IR de última geração).

    Porque isto é importante?
    O M-346 Master, montado em parte no Brasil, pode ter uma versão ‘caça leve’ para países pobres, desenvolvido pela Alenia Aermacchi com a EMBRAER.
    Este potencial ‘caça leve’ poderia ter mercado no mundo.
    Inclusive seria um potencial sucessor do AT-29 Super Tucano, pois se hoje é mais que suficiente para a demanda existente, no futuro as exigência do combate poderá mudar.

    Não foi apenas os russos da YAK que pensaram nisso.
    Os sul coreanos ao criar, em conjunto com a Lockheed/Martin, o T-50 Golden Eagle, outro excelente LIFT, já previram uma versão de ‘caça leve’, com canhão M-197 com 3 canos de 20mm e todos os armamentos dos F-16 mais antigos. Seria o A-50.

    Contudo acredito que muita coisa depende da decisão do F-X2.
    Apenas tenho certeza da necessidade futura de um LIFT, e neste ponto os italianos estam certos, é melhor começar a tratar do assunto agora, antes que os coreanos desenbarquem.

    Abç,
    Ivan.

  22. O Eduardo Wanderley ! pq vc ñ se muda pro Irã ? pow tu só sabe ficar criticando o meu País veio !!!!!! Brasil ñ precisa de derrotista que nem vc ñ veyo !!!!

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