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Projeto VANT é concluído em junho

In Aérea, Defesa, tecnologia, VANT on 28/06/2010 by Esdras E.S. Marcado: , , ,

 

Sistema de Navegação e Controle será utilizado em novo projeto

O Projeto VANT, destinado ao desenvolvimento de um Sistema de Navegação e Controle (SNC) para aplicação em Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT), será encerrado em junho deste ano, após os 59 voos realizados com sucesso. Ao todo foram realizadas dez campanhas de ensaio, todas no espaço aéreo da AFA (Academia da Força Aérea), em Pirassununga – SP.

Esse é um projeto iniciado em 2004 após aprovação da FINEP (Ministério da Ciência e Tecnologia), realizado pela equipe da Divisão de Sistemas Aeronáuticos (ASA) do IAE em parceria com a CTEx (Centro Tecnológico do Exército), o IPqM (Instituto de Pesquisas da Marinha) e a empresa Avibras, com a coordenação do Ministério da Defesa.

O SNC desenvolvido no Projeto VANT é versátil. Sua arquitetura integrada, com utilização de barramento de dados, permite, com pequenas adequações, o uso em diferentes plataformas de voo – uma portabilidade que viabiliza o seu uso em diversas aplicações civis e militares, destacando-o de outras soluções no mercado.

Esse sistema de controle engloba as funções de telecomando, telemetria, estabilização (piloto automático), navegação autônoma (com GPS e unidade inercial) e vários modos de operação no caso de falhas (incluindo o retorno a uma área pré-determinada em caso de perda de sinal de rádio).

Para os ensaios em vôo do SNC foram utilizados os protótipos do Acauã – aeronave desenvolvida pelo CTA na década de 80 – e o alvo aéreo Harpia – utilizado pela Marinha do Brasil. O Acauã, principal plataforma utilizada no desenvolvimento, tem 5 m de envergadura, peso máximo de 150 quilos e velocidade de cruzeiro de 120 km/h.

Segundo os coordenadores do Projeto VANT, a participação da indústria nacional desde a fase inicial do projeto foi um fator importante para o sucesso do empreendimento e para as futuras fases de certificação e de industrialização. Empresas nacionais de alta tecnologia também contribuíram para esse trabalho, favorecendo a retenção e a difusão do conhecimento no setor aeroespacial brasileiro. Além da Avibras, parceira industrial do Projeto VANT, também participaram outras empresas nacionais de alta tecnologia, como a Flight Technologies e a BCC – Bossan Computação Científica.
 

O Futuro

Os benefícios desse projeto já podem ser vistos na indústria nacional – a Avibras, parceira das Forças Armadas no Projeto VANT, utiliza o SNC desenvolvido com sua parceria para construir o “Falcão”, um VANT de aproximadamente 11 metros de en vergadura e carga útil de 150 quilos para o emprego em missões de reconhecimento, atendendo a requisitos definidos pelo EMAER.

Também dentro do esforço de capacitação tecnológica na área VANT, já se encontra aprovado o “Projeto DPA-VANT”, um programa que pode ser considerado uma continuação do Projeto VANT atual rumo à operacionalização de um sistema completo. Aprovado com recursos da FINEP, esse projeto visa dotar o SNC com a capacidade de Decolagem e Pouso Automáticos, representando mais uma conquista rumo à autonomia nacional nas tecnologias vinculadas aos VANTs.


Fonte:  Instituto de Aeronáutica e Espaço

 

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Informações adicionais em PDF

AERNNOVA em projeto com AVIBRAS

14 Respostas to “Projeto VANT é concluído em junho”

  1. Muito bom parabéns aos envolvidos nesse projeto que vale a médio/longo prazo muito mais que as aquisições de prateleira feita pelos nossos visinho exemplo Venezuela e Chile.

  2. Este me parece o futuro.

    Ao invés de poucas e caras plataformas de sensores, centenas ou milhares de VANTS simples, baratos e nacionais atuando em Rede. Se acrescentar apenas UM míssel em alguns, terá um eficiente guarda chuvas.

  3. Para uso civil, os VANTS poderiam substituir as antenas para transmissão de dados urbana.

  4. Raptor :
    Para uso civil, os VANTS poderiam substituir as antenas para transmissão de dados urbana.

    Qual a finalidade de uma aeronave ficar voando o tempo todo para isso? Que eu sabia, é para isso que servem as antenas.
    _________________

    Para uso civil nas polícias para encontrar o “carro suspeito na estrada tal” e coisas do gênero.

  5. Parabéns ao envolvidos! Isso só demonstra que temos sim potencial de igualar as ditas “potências” no que trange a tecnologia! Que venham os VANT’s Made in Brazil e os exportemos ao mundo…

    PS – Gostei da perspectiva artística do Falcão!

  6. Ótimo para nossa segurança e muito bom com nossa tecnologia é assim que devemos trabalhar.

  7. Luiz,

    Em minha opinião existe um problema: Custo.

    Para se cobrir áreas grandes e com topografia não favorável, é necessário a utilização de várias antenas em terrenos e construções que não pertence as empresas de telecomunicações, ou seja, possuem um alto custo em relação ao uso do terreno ou construção (aluguel – em grandes centros com SP e RJ, o preço está aumentando devido a valorização imobiliária) e mais manutenção.

    Nestas áreas VANTS com elevada autonomia (48hs ou mais), poderiam ficar fazendo órbitas específicas e retransmitindo dados para serviços públicos (Polícia, bombeiros etc..) e privados (transportadoras, sistemas remotos de alarme e localização automotiva, etc..) junto com a transmissão de imagens para finalidade de vigilância como bem citou. Lembrando que apenas um VANT substitui várias antenas.

    Abs.

  8. Em um programa de escopo tão amplo, a Avibrás não deveria ser assim paparicada, se não tem competência não se estabeleça, as demais empresas desse segmento como FS e Santos Lab deveriam ser chamadas a participar.

  9. Parabéns, agr, vai começar o show..temos mt KM de fronteiras p serem vigiadas…nossas FAs poderam fazer melhor as suas atribuições.

  10. Raptor :
    Luiz,
    Em minha opinião existe um problema: Custo.
    Para se cobrir áreas grandes e com topografia não favorável, é necessário a utilização de várias antenas em terrenos e construções que não pertence as empresas de telecomunicações, ou seja, possuem um alto custo em relação ao uso do terreno ou construção (aluguel – em grandes centros com SP e RJ, o preço está aumentando devido a valorização imobiliária) e mais manutenção.
    Nestas áreas VANTS com elevada autonomia (48hs ou mais), poderiam ficar fazendo órbitas específicas e retransmitindo dados para serviços públicos (Polícia, bombeiros etc..) e privados (transportadoras, sistemas remotos de alarme e localização automotiva, etc..) junto com a transmissão de imagens para finalidade de vigilância como bem citou. Lembrando que apenas um VANT substitui várias antenas.
    Abs.

    Raptor :
    Luiz,
    Em minha opinião existe um problema: Custo.
    Para se cobrir áreas grandes e com topografia não favorável, é necessário a utilização de várias antenas em terrenos e construções que não pertence as empresas de telecomunicações, ou seja, possuem um alto custo em relação ao uso do terreno ou construção (aluguel – em grandes centros com SP e RJ, o preço está aumentando devido a valorização imobiliária) e mais manutenção.
    Nestas áreas VANTS com elevada autonomia (48hs ou mais), poderiam ficar fazendo órbitas específicas e retransmitindo dados para serviços públicos (Polícia, bombeiros etc..) e privados (transportadoras, sistemas remotos de alarme e localização automotiva, etc..) junto com a transmissão de imagens para finalidade de vigilância como bem citou. Lembrando que apenas um VANT substitui várias antenas.
    Abs.

    Raptor :
    Luiz,
    Em minha opinião existe um problema: Custo.
    Para se cobrir áreas grandes e com topografia não favorável, é necessário a utilização de várias antenas em terrenos e construções que não pertence as empresas de telecomunicações, ou seja, possuem um alto custo em relação ao uso do terreno ou construção (aluguel – em grandes centros com SP e RJ, o preço está aumentando devido a valorização imobiliária) e mais manutenção.
    Nestas áreas VANTS com elevada autonomia (48hs ou mais), poderiam ficar fazendo órbitas específicas e retransmitindo dados para serviços públicos (Polícia, bombeiros etc..) e privados (transportadoras, sistemas remotos de alarme e localização automotiva, etc..) junto com a transmissão de imagens para finalidade de vigilância como bem citou. Lembrando que apenas um VANT substitui várias antenas.
    Abs.

    Ok, agora entendi.

  11. Parabens ao desenvolvedores do projeto.Gostaria de saber apenas,que contramedidas poderiam ser utilizadas para desorientar os sinais de comando enviados para o VANT, e assim derrubá-lo.

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