Articles

Embraer: países em guerras mostram curiosidade por Super Tucano

In Aviões de Combate, Aviões de Treinamento, Conflitos, Defesa, Geopolítica on 21/07/2010 by E.M.Pinto Marcado: , , , ,

http://fl410.files.wordpress.com/2010/03/a-29b-super-tucano.jpgOs países que atualmente estão em guerras consideradas assimétricas têm mostrado curiosidade pelo Super Tucano da Embraer. A informação é do vice-presidente Executivo para o Mercado de Defesa da empresa, Orlando José Ferreira Neto, em entrevista exclusiva à Agência Estado. Guerra assimétrica é um termo técnico para designar conflitos onde um lado tem poder muito maior do que o outro.

Segundo ele, existe a constatação que os atuais equipamentos não são eficientes para combater em situações de guerrilha. É o caso da guerra no Afeganistão, onde os Estados Unidos e o Reino Unido enfrentam dificuldades e resistências.

“Os equipamentos tradicionais não dão conta, um avião supersônico tem limitações para combater nessas situações de resistências”, afirmou. “Há um movimento de constatação de que eles não possuem uma resposta efetiva.”

Por esse motivo, países como os EUA e o Reino Unido estão querendo conhecer melhor o Super Tucano, da Embraer. No entanto, é algo que leva tempo para sedimentar e caminhar, eventualmente, para alguma negociação.

O executivo avalia que o Super Tucano é uma ferramenta adequada para situações de guerrilha, tanto que foi usado pela Colômbia em relação às Farc. O equipamento brasileiro tem capacidade para ficar patrulhando uma região por seis a oito horas e fazer um movimento quando percebe o alvo, algo que um supersônico não consegue.

DEFESA – A área de defesa, que foi o embrião da fabricante nacional, chegou a responder por 3% do faturamento da Embraer há cerca de cinco anos. No entanto, vem crescendo e deve fechar 2010 em 13% do faturamento, número que tende a se manter entre 15% e 17% nos próximos anos.

O principal vetor do crescimento será a aeronave KC-390, que está sendo desenvolvida para a Força Aérea Brasileira (FAB), num contrato de US$ 1,3 bilhão para a entrega de um protótipo. “Temos ambição de fazer parcerias internacionais para esse projeto”, afirmou Ferreira Neto.

Existe grande interesse de empresas estrangeiras de atuar no setor de defesa brasileiro. “Há um forte movimento europeu em direção ao Brasil”, disse o executivo. Diversas companhias britânicas, por exemplo, estão procurando oportunidades de negócios, como a BAE Systems e a subsidiária inglesa da General Dynamics. A mesma expectativa é criada por fabricantes da França, Itália e Estados Unidos, conforme a Embraer. O principal atrativo é a Estratégia Nacional de Defesa, lançada pelo governo no final de 2008.

O objetivo é que o Brasil não seja somente um comprador de equipamentos, mas sim que desenvolva produção com base em parcerias, transferência de tecnologia e potencial de exportação A questão é saber a real disposição das empresas estrangeiras em dividirem a tecnologia. “Tecnologia não é algo que se transfere, é algo que se arranca”, disse o executivo da Embraer

Para ele, ainda levará cerca de dois anos para que as conversas se concretizem em acordos e anúncios de negócios na área de defesa brasileira.


Fonte: TRIBUNADOBRASIL via Notimp

15 Respostas to “Embraer: países em guerras mostram curiosidade por Super Tucano”

  1. Estão querendo enrolar, p mim , ñ vão comprar…talvez cópiar.Cuidado, ñ são confiáveis.

  2. Lembre-se Carlos, copiar nem sempre é tão simples. Vide o exemplo de Israel em tentar reproduzir o Mirage 5 com motor J-79, que gerou o Nesher, “pai” do Kfir… o custo foi enorme, e só se justificou ante a necessidade do estado judeu.

  3. O fx2 é uma grande chance da Embraer ter o seu caça(vetor).

  4. O super tucano é um bom avião e foi desenhado extamente para lutar contra resistência de guerrilha, não é atoa que tal países se interessaram até um pouco tarde por ele. Muita manobrabilidade, bom desempenho a baixas altitudes e capaz de usar um leque bem variado de armas, perfeito.

  5. Copiar o SuperTucano?? Mais simples produzir sob licença. E em termos de componentes ele já é praticamente Americano / Israelense.

    No mais , acredito que as negociações com a US Navy teriam avançado se esse governo fosse mais aberto à proposta da Boeing.

  6. Nicke neste ponto eu dscordo.
    OS EUA nunca fizeram, fazem ou farão tal negociata.
    A compra de produtos militares lá obedeçem a seguinte sequência:
    E Bom?
    É Americano?
    nunca se comprares isto te dou isto…
    exemplos desta ingenuidade são:
    o Sivam e seus radares Reathon x JPATS (S Tucano)
    AGS ( Embraer 145 ISR x Fábrica da flórida (esquei o nome).

    Não há toma(dinheiro) lá da cá e sim, toma que ro o melhor …
    Acreditar que comprando F 18 eles comprariam S.T ucano (S.tucano x F 18 EF) seria mais um fracasso e exemplo para ailustrar a igenuidade de quem não está habituado a negociar na geopolítica- estratégia.
    sds
    E.M.Pinto

  7. Mesmo sabendo que não é assim, essa compra era logo casada com os F18SH. O Brasil colocava logo a condição de: se querem a compra do SH terão de comprar os ST e dar a ToT. Era jogar forte aí, jogo duro e directo sem papas na língua… tanto o Brasil como os EUA iriam beneficiar, porque os ST é uma aeronave adequada a um cenário de guerra como o Afeganistão ou mesmo Iraque, sei que a ToT não seria total, tal como o caso do Rafale que não acredito que também seja total. O Brasil receberia um nível maior de conhecimento e avançaria com cabeça para aquilo que deseja fazer… um caça de produção nacional… aos poucos se vai ao longe. E porque que não uma parceria na construção do KC390? Tudo bem negociado e feito para que o Brasil beneficiado ao máximo, minha opinião não se pode querer tudo… acima de tudo encontrar as bases e avançar devagar sem pressas porque o próximo caça do Brasil poderá ser nacional. (depois do caça do FX2)
    Sei que vou ser criticado mas isso é uma opinião que defendo assim que começou-se a falar no KC390 e nos ST para os EUA.
    E tenho a certeza que muita coisa em relação aos ST já está resolvida, visto que já foi ou está sendo testado, para informação de quem tem medo que se roube o que o ST tenha; o que está nos EUA é superior electronicamente ao que o Brasil tem, foi modificado…
    (corrigem-me se estou errado)

    Agora vou mudar de “corrente”:
    Sim os EUA estão a testar o ST e retirar todo o conhecimento desse avião que para mim da sua categoria é um dos melhores do mundo. Naquelas bandas nada me estranha pois tudo é possível. Assim aprendem e mais tarde produzem um para fazer frente e ser concorrente dos ST, que era muito mau.
    Pena é não termos algum depoimento de alguma entidade que directamente estivesse envolvida nos teste do ST no EUA para sabermos que opinião têm do ST e se o querem ou não.
    Estamos naquela fase de suposições e nada sabemos… á pouco tempo foi “negociada” ou acordada uma provável compra de ST para a USN, a USAF diz que não precisa de uma aeronave desse tipo. Resta outra parte, alguma notícia credível em relação a este pormenor?
    Ou então seria uma maneira de fazer pressão para que o Brasil decidisse em favor dos SH… talvez um jogo á moda americano.
    Sds

  8. Karlus, para oq ue falastes faz sentido, mas creio, não ocorreria nem ocorrerá.
    A única forma de se conseguir ToT (a contento) é participando do projeto desde a sua raiz, e ainda sim com dificuldades vide India (PAK FA), demais nações européias (F 35).
    Quanto ao Stucano, os EUA o modificarão, talvêz até com um motor mais potente e novos sistemas, mas creio que o Bixinho tenha chances mesmo na ausência do SH no Brasil.
    Sds
    E.M.Pinto

  9. E.M.Pinto, postei o meu comentário sem ler o teu. Mas segundo o que dizes; referes que seria uma péssima decisão segundo o que percebi no fim da tua mensagem.
    Não sei caro amigo, acho que se as coisas forem muito bem negociadas… saber fazer as coisas, porque aqui tem muito que poderíamos escrever, muitos pontos a discutir; se o Brasil em negociações soubesse fazer jogo forte e feio (como se diz no meu país) iria trazer benefícios… fazer um jogo que os EUA sempre fizeram com o mundo inteiro e tiraram dividendos.
    È apenas a minha opinião… só estou a pensar numa forma que o Brasil poderia beneficiar em muita coisa e caso dos EUA se negarem algum ponto fulcral o Brasil recuava e não fazia tal negócio. Era a vez do Brasil fazer xeque-mate.
    Sds

  10. ”…postei o meu comentário sem ler o teu…”, neste caso ao primeiro posto… em resposta ao Nick

  11. Karlus, acho que teríamos muito a ganhar com uma negociação tal qual você apresentou, sem dúvida poderíamos aprender muito.
    O problema é a disposição dos EUA em fazer isso, e com razão, custou caro para eles e não sairia de graça. do Contrário, não somos o berço da tecnologia de tal forma que poderíamos “chantageá-los” a sentar na mesa e efetuar estas trocas.
    eles ao contrário (como dizemos no Brasil) tem a faca e o queijo na mão, razão pela qual saem sempre por cima…
    mas entendo seu ponto de vista e gostaria muito que isso fosse possível, mas meu pessimismo me diz que negociação só se dá quando os pares estão ao mesmo nível, se um estiver por baixo passa a ser reunião seguida de decisão…
    grande abraço
    E.M.Pinto

  12. Pois E.M.Pinto… aí tenho de dar toda a razão… sonhar é mais fácil do que fazer.
    Vamos esperar para ver o que vai essas novelas: ST nos EUA, FX2 e uma que penso que será um sucesso o KC390, acho que tem um valor enorme e estratégico e irá vingar… quem me dera ver Portugal com 3 ou 4 desses, bem precisavamos deles pois e para relembrar sempre fazemos uma missãozinhas pelo mundo e aí tudo na mesma viagem ;)

  13. Karlus
    apenas para descontrair, tem um “causo” do Futebol em que o lendário Garrincha foi protagonista, a sua frase resume um pouco o que acabou de ser dito:
    O treinador Feóla ciente da superioridade da seleção brasileira frente a URSS divagou diante a exlanação da tática a ser adotada contra os soviéticos.
    Feóla descrevia para os jogadores a sua tática apoiada na capacidade de dribles de Mané Garrincha, certo de que bastava tocar daqui pra li, de fulano para beltrano e depois para garrincha que o jogo estava feito, a partir daí era com Garrincha que certamente (segundo o treinador) aniquilaria os soviéticos.
    Quando acabou de apresentar a sua “brilhante” estratégia, perguntou aos jogadores se alguém tem dúvida, Garrincha então respondeu com outra perguna:

    “já combinaram isso com os russos? ”

    Sds
    E.M.Pinto

  14. Caro Edilson,

    Como gato escaldado tem medo de água fria, porque não assinar os 2 MOUs e Contratos simultaneamente?? Se não assinar lá..eu não assino aqui…

    Se temos exemplos que a coisa não fo muito justa para nós, vamos ser céticos, mas não fechar portas. ;)

    []’s

  15. Nick :
    Caro Edilson,
    Como gato escaldado tem medo de água fria, porque não assinar os 2 MOUs e Contratos simultaneamente?? Se não assinar lá..eu não assino aqui…
    Se temos exemplos que a coisa não fo muito justa para nós, vamos ser céticos, mas não fechar portas.
    []‘s

    Pode até ser, manter a porta entreaberta, + só iremos perder com os mesmos…aliás , eles são os donos até do motor…podem nos peitar.

Deixe um comentário